segunda-feira, 30 de junho de 2008

CSS - sintoma do assistencialismo sem fim

O assistencialismo pode ser um trigger econômico valioso, quando funciona como um desfibrilador de uma economia estagnada e a coloca em pulsação novamente. Algo parecido com o que Ford fez ao aumentar o salário de seus empregados, que acabaram virando consumidores de seu próprio produto.

Porém, o assistencialismo, para não engessar os músculos da economia (já que seu custo na maioria das vezes virá da tributação), deve ser forte apenas durante o intervalo de tempo necessário para se criar o círculo virtuoso entre consumo e produção, nessa ordem. Com a melhora do consumo e consequentemente da produção, que retro-alimenta o próprio consumo e assim sucessivamente, o governo assistencialista deve sair de cena, reduzir suas alíquotas (antes necessárias para desfibrilar a economia) e contar com a receita que virá do aumento da base de cálculo (aumento da economia).

Depois disso os acertos serão de gestão: redução geral do quadro de funcionalismo, criação de controles que reduzam a corrupção e realização de investimentos em infra-estrutura.

Para um olhar inocente, a CSS prova que o Executivo (sim, o Executivo - o Congresso, aparentemente, já foi fechado há tempos), estupefato com seus resultados iniciais, está perdendo o timing de sair de cena e deixar a economia crescer.

Concluiria aqui meu comentário, mas não dá para ignorar o jogo de poder, para o qual a CSS é apenas uma necessidade decorrente de um assistencialismo sem data individual de término, que está criando o maior curral eleitoral que o Brasil já teve, formado de uma massa de pessoas cada vez maior, refém de um poder político que, a qualquer hora, como um coronel, um “godfather” da máfia ou um senhor feudal, pode exigir vassalagem nas urnas eletrônicas.

Se antes nossos políticos compravam voto com leite pago do próprio bolso, hoje eles fazem cortesia com o chapéu alheio e compram voto com o nosso dinheiro, proveniente de tributos como esse. E as pessoas, felizes por terem o que comer, justificadamente acabam não ligando para a perda de sua independência ou liberdade, que cá entre nós, na miséria, acaba se limitando a liberdade de ter esperança.

Mas chegará a hora de desfibrilar essa massa e, quem sabe, se a oposição seguir barrando o aumento da tributação, essa hora acaba chegando mais cedo.

domingo, 22 de junho de 2008

HUGOBUGO CHÁVEZ NA AMÉRICA LATINA


1. Hugo Chávez e as FARC se correspondem, em especial para tratar da ajuda financeira que Chavez, com o dinheiro da Venezuela, presta as FARC, que em 2007 seqüestrou 76 venezuelanos – afinal, o Chavez é pró ou contra os venezuelanos??

2. Será que essa ajuda é uma retribuição dos 150 mil dólares que Chavez recebeu da liderança das FARC, que teve a oportunidade de conhecer junto ao Lula em El Salvador, durante o encontro “pacifista” do Foro de São Paulo?

3. E se o documento que demonstra essa ligação é uma farsa, como é que a polícia tailandesa conseguiu prender, com base nesse documento, após pouco mais de uma semana, Victor Bout, o mais notório traficante internacional de armas, fornecedor de armas para as FARC e para as guerras tribais africanas, inspiração do film “O senhor das Armas”

4. É estranho que o programa “Evo Cumple” tenha recebido 40 milhões de dólares do Chavez. Evo cumple com o dinheiro de Chavez? Cadê o executivo nessa campanha eleitoreira?

5. Não é por menos que 85% dos venezuelanos, mesmo sem liberdade de imprensa, tenham ficado descontentes com a tentativa de Chavez de instaurar uma guerra na AL, só impedida pela inércia Colombiana – quando um não quer, muito provavelmente dois não brigarão.

6. E por que o MST, supostamente ligado a agricultura, fez um bloqueio de ferrovia que transporta minérios da Vale para o porto de Tubarão em março de 2008? Será que eles estão planejando contruir uma cortina de ferro aqui na AL?

7. Se o Beira Mar, comprador de drogas das FARC, teve a encomenda de um míssil da al qaeda impedida pela PF, quem garante que as FARC não têm conexão com a al qaeda? Opa, espera aí, agora virou especulação e só poderemos falar disso quando começarem a explodir bombas por aqui

PS.: Será que ninguém percebeu que os uniformes usados pelos militares bolivianos no cerco do campo de San Alberto, da Petrobras na Bolívia, não eram uniformes do exército boliviano, mas uniformes cedidos pelo Chavez, que também cedeu o sinal de satélite para transmitir o show?