segunda-feira, 6 de outubro de 2008

UNE - O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM OS NEURÔNIOS DOS ESTUDANTES BRASILEIROS???


LÚCIA STUMPF

Lúcia Stumpf, filiada ao PCdoB, “com visível orgulho, ela se define como uma jovem socialista” (http://www.une.org.br/home3/ja_foi_noticia/m_9864.html), desde antes de assumir a presidência da UNE, apoiava as medidas de Hugobugo Chávez de restrição a liberdade na Venezuela
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JULIO SOTO

Outubro 2008

Julio Soto, presidente da Federação de Centros Universitários da Universidade de Zúlia e militante do partido de oposição Um Novo Tempo (UNT), líder estudantil e opositor do governo venezuelano foi assassinado nessa quarta-feira, dia 01/10/08, vítima de disparos na cidade de Macaraibo (foram 20 disparos no carro), a 700 km de Caracas, conforme informações da polícia local. Ele ajudou a organizar protestos contra emendas na Constituição propostas pelo presidente Hugo Chávez.

CARACAS

Setembro 2008

A capital da Venezuela aparece no topo da lista das cidades com maior número de assassinatos do mundo, conforme levantamento concluído agora, em setembro de 2008, pela organização Foreign Policy (http://www.foreignpolicy.com/story/cms.php?story_id=4480)

YON GOICOECHEA

Veja, Julho de 2008

Yon Goicoechea, líder estudantil na Venezuela, ganhou em junho, por sua luta a favor da democracia, um prêmio de US$ 500.000,00 do instituto americano Cato, com sede em Washington. Por ser ameaçado de seqüestro e até de morte pelos chavistas, ele não sai mais sozinho na rua e troca o número do seu celular a cada quinze dias (para evitar ser grampeado). Ele critica movimentos estudantis que recebem dinheiro do governo (como o que ocorre no Brasil, by the way) e é contra invasões de reitoria como forma de protesto (o que não demonstra nada mais do que o mínimo de civilidade, maturidade e profundidade intelectual). Vejamos o que ele tem para dizer:

"Veja – Líderes estudantis brasileiros, sobretudo aqueles ligadas à União Nacional dos Estudantes (UNE), já declararam apoio incondicional ao presidente Hugo Chávez. Eles também estão sendo mais ideológicos do que pragmáticos?"

"Goicoechea – Sem dúvida. Acho indefensável que haja no movimento estudantil brasileiro líderes que saiam em defesa das práticas autoritárias do governo venezuelano. Prefiro acreditar que eles fizeram isso por um profundo desconhecimento das reformas propostas por Chávez. SE ESTIVESSEM MAIS BEM INFORMADOS, ESSES ESTUDANTES BRASILEIROS NÃO TERIAM TOMADO UMA POSIÇÃO QUE VAI DE ENCONTRO À DIVERSIDADE DE OPINIÕES E ÀS LIBERDADES INDIVIDUAIS. COMO SER A FAVOR DE REFORMAS QUE TIRARIAM DAS PESSOAS DIREITOS TÃO BÁSICOS, COMO O DE ESCOLHER SEUS GOVERNANTES E ATÉ O DE OPTAR PELA PROFISSÃO QUE DESEJAM SEGUIR? NÃO FAZ NENHUM SENTIDO QUE ESTUDANTES TENHAM SIMPATIA POR TAIS IDÉIAS." (gn)

domingo, 5 de outubro de 2008

IGREJA E ESCRAVIDÃO


Como tem muita gente que diz que a Igreja apoiou a escravidão nas Américas, vai aqui um dado histórico:

"'É incrível' comenta Roy Nash - 'que a simples idéia de ter quem lhes fizesse o trabalho de todos os dias avassalasse tão completamente homens fortes, enérgicos e capazes. O Papa Urbano VIII decretou, em 1639, a mais severa sanção da Igreja contra quem quer que escravizasse um índio, convertido ou não. Quando a Bula da Excomunhão foi lida no Rio de Janeiro, o povo derrubou as grades do Colégio dos Jesuítas e teria assassinado os missionários paraguaios se não fosse a intervenção do Governador; em Santos, derrubaram o Vigário-Geral quando lia a Bula e pisaram-no juntamente com o documento; em São Paulo os jesuítas foram expulsos da cidade'".
MOOG, Vianna, Bandeirantes e pioneiros, Rio de Janeiro, 18a edição, Editora Civilização Brasileira, 1993, p. 119
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Já desde 1537 (37 anos, portanto, após o início da colonização do Brasil) a Igreja afirmava que os índios eram verdadeiros homens:
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"(...) Bula do Papa Paulo III, emitida em 1537, que declarara os índios como 'verdadeiros homens'" GALEANO, Eduardo, As veias abertas da américa latina, 48a edição, São Paulo, Editora Paz e Terra, 2008, p. 62
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Dizia a referida bula:
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Los Papas no tardaron en reaccionar. El 2 de junio de 1537, (...) el Papa afirmaba solemnemente: «Resueltos a reparar el mal cometido, decidimos y declaramos que estos indios, así como todos los pueblos que la cristiandad podrá encontrar en el futuro, no deben ser privados de su libertad y de sus bienes — sin que valgan objeciones en contra —, AUNQUE NO SEAN CRISTIANOS, y que, al contrario, deben ser dejados en pleno gozo de su libertad y de sus bienes». (http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_19881103_racismo_sp.html)