quinta-feira, 27 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

MASSA ... QUE TAL UM FETTUCCINI?


Sociedade de massa? Consumismo? Faça o seguinte. Pegue algum item que você comprou no supermercado recentemente, coloque-o diante de si (mas tem que colocar mesmo, .... pausa para você fazer isso ... ok), olhe-o com cuidado e identifique quais são suas partes. Estou com uma garrafa de água mineral diante de mim: água cristalina, com grau bastante alto de limpidez, que estava outrora em algum lugar da natureza e foi de lá extraída, após o que passou por um processo de limpeza e foi inserida em uma garrafa de plástico transparente, incolor, com leves ondas em alto-relevo, composta por elementos e/ou outras garrafas que saíram de outros diversos lugares, identificada por um rótulo bonito, com várias informações importantes e específicas para esse produto dessa marca, com cores e desenhos que foram feitos pela sobreposição de uma tinta especial para o material do rótulo, todos unidos finalmente em algum lugar desse planeta Terra e trazido de caminhão, acredito eu, até a minha cidade, onde foi colocado em uma prateleira de um local (supermercado, em geral) que tem um custo de manutenção (luz, locação, seguros, mão-de-obra, impostos, limpeza, propaganda, etc.) pelo importe de R$ 1,19 ... Volto a olhar para essa água e imaginar quanto custaria apenas para pagar o pedágio e abastecer de combustível o caminhão que a trouxe lá da fábrica onde ela estava até o supermercado aqui da minha cidade e me impressiono que isso possa custar apenas R$ 1,19, surpresa que só aumenta quando penso no lucro da empresa produtora da água em garrafa, da transportadora, do supermercado, e eventualmente de terceiros – bancos financiadores da operação, seguradoras, etc. E então, casualmente, olho para o iogurte de morango que apreciarei agora mesmo e penso em tantas outras coisas estão lá na prateleira do supermercado ... kiwi da Nova Zelândia por R$ 0,80/100g, queijo de Minas por R$1,30/100g ou da França por um pouco mais, vinho tinto argentino por R$ 7,95, bombom de cupuaçu (alguém já viu uma árvore dessas por aí?), etc ... E aí, você e os 400 milhões de chineses que saíram da miséria nos últimos anos estão prontos para agradecer à realidade do consumo (inclusive a do consumismo) e a da maravilhosa sociedade de massa ?

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

VERGONHA !!


Vamos comparar dois líderes estudantis:
.
YON GOICOECHEA

Yon Goicoechea, líder estudantil na Venezuela, ganhou em junho de 2008, por sua luta a favor da democracia, um prêmio de US$ 500.000,00 do instituto americano Cato, com sede em Washington. Por ser ameaçado de seqüestro e até de morte pelos chavistas, ele não sai mais sozinho na rua e troca o número do seu celular a cada quinze dias (para evitar ser grampeado). Ele critica movimentos estudantis que recebem dinheiro do governo (como o que ocorre no Brasil, by the way) e é contra invasões de reitoria como forma de protesto (o que não demonstra nada mais do que o mínimo de civilidade, maturidade e profundidade intelectual). Vejamos o que ele tem para dizer (http://veja.abril.com.br/040608/entrevista.shtml):

Veja – Líderes estudantis brasileiros, sobretudo aqueles ligadas à União Nacional dos Estudantes (UNE), já declararam apoio incondicional ao presidente Hugo Chávez. Eles também estão sendo mais ideológicos do que pragmáticos?

Goicoechea – Sem dúvida. Acho indefensável que haja no movimento estudantil brasileiro líderes que saiam em defesa das práticas autoritárias do governo venezuelano. Prefiro acreditar que eles fizeram isso por um profundo desconhecimento das reformas propostas por Chávez. SE ESTIVESSEM MAIS BEM INFORMADOS, ESSES ESTUDANTES BRASILEIROS NÃO TERIAM TOMADO UMA POSIÇÃO QUE VAI DE ENCONTRO À DIVERSIDADE DE OPINIÕES E ÀS LIBERDADES INDIVIDUAIS.
COMO SER A FAVOR DE REFORMAS QUE TIRARIAM DAS PESSOAS DIREITOS TÃO BÁSICOS, COMO O DE ESCOLHER SEUS GOVERNANTES E ATÉ O DE OPTAR PELA PROFISSÃO QUE DESEJAM SEGUIR? NÃO FAZ NENHUM SENTIDO QUE ESTUDANTES TENHAM SIMPATIA POR TAIS IDÉIAS. (gn)

Veja – De onde vem o dinheiro para manter o movimento estudantil que você comanda?

Goicoechea – Da contribuição mensal dos estudantes e de empresas do setor privado. Elas dão dinheiro por meio de uma fundação mantida pelo próprio movimento estudantil. DO GOVERNO, EVIDENTEMENTE, NÃO VEM NEM UM CENTAVO. É claro que isso tem uma relação direta com o fato de o movimento ser de oposição a Chávez. Mas, mesmo que o governo quisesse nos ajudar financeiramente, eu seria absolutamente contra.

Veja – Por quê?

Goicoechea –
Não acho apropriado para um movimento estudantil manter uma relação tão estreita com o governo. Por definição, uma organização dessa natureza precisa ser independente. Do contrário, dificilmente fará um trabalho sério. Às vezes, os estudantes precisam se colocar contra o governo, como acontece hoje na Venezuela. Com uma relação financeira estabelecida entre as duas partes, a isenção fica naturalmente comprometida. (gn)

Veja – No Brasil, uma parte do orçamento da UNE vem do governo...

Goicoechea –Para mim, está claro que esse é um modelo fadado ao fracasso. Se fosse estudante no Brasil, faria uma reflexão sobre isso.
.
AUGUSTO CHAGAS

Augusto Chagas, líder estudantil no Brasil, substituto da comunista que vendeu (ou doou) a UNE, Lúcia Stumpf, fala à Veja (edição 2124):

Veja – Então, se conseguir a indenização, a UNE não precisará mais pedir dinheiro ao governo.

Chagas – Aí, não. São coisas diferentes. É DEVER DO GOVERNO E DAS ESTATAIS ajudar os estudantes a financiar suas atividades. (gn)

Veja – Quando você entrou na faculdade?

Chagas – Em 2001.

Veja – Oito anos não foram suficientes para se formar? (gn)

Chagas – Na universidade, você decide quanto vai estudar em cada ano. [!?!] Estou fazendo devagar.

Veja – E trabalha?

Chagas – Estou dedicado só aos estudos [!?! - que estudos são esses que em 8 anos ele não concluiu uma faculdade de 4?] e à militância [ahhh, então ele não é estudante, ele é militante partidário (PCdoB) – o que não é novidade na UNE]. Trabalhar na minha área, a computação, só depois. (gn)

[!?!]