"Apresentador: Presidente, a economia brasileira voltou a registrar crescimento. Isso significa dizer que o Brasil já saiu da crise financeira mundial?
Presidente: Isto significa, Luciano, apenas confirmar aquilo que a gente dizia, em dezembro do ano passado, aquilo que a gente dizia em janeiro: de que a crise tinha chegado por último no Brasil e que ela ia acabar primeiro no Brasil. Por que? Porque o Brasil estava preparado. O Brasil tinha uma economia sólida, tinha uma estabilidade muito sólida, o Brasil tinha reservas e o Brasil tinha um mercado interno potencial que outros países não tinham. Então, quando veio a crise e nós tomamos as medidas anticíclicas que nós tomamos, incentivando a indústria a produzir e facilitando a vida do consumidor, no caso de carro, de geladeira, de material da construção civil, de máquina de lavar roupa, de fogões. Ou seja, o que aconteceu é que nós voltamos a bater recorde de produção e de venda nesses produtos, inclusive, na construção civil, que tem crescido de forma extraordinária, não apenas por aquilo que já vinha sendo feito, mas depois do lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida, cresceu muito mais ainda. (...)” (http://cafe.radiobras.gov.br/Aberto/Cafe/Presidente)
Superado o “estilo lingüístico” do Lula (e, para aqueles que lerem a entrevista inteira, sua verborréia comunista), quero apenas fazer constar que, como apontado em meu artigo MACHO ALFA, o presidente estava certo a respeito dos efeitos da crise no Brasil.
Bem, não foi grande mérito dele se considerarmos que os indicadores todos apontavam nesse sentido e só não viram isso aqueles completamente cegos para a realidade da economia brasileira (como a mídia, para variar um pouco) ou aqueles que faltaram com a verdade a respeito dessa realidade (como os Democratas, por exemplo).
Presidente: Isto significa, Luciano, apenas confirmar aquilo que a gente dizia, em dezembro do ano passado, aquilo que a gente dizia em janeiro: de que a crise tinha chegado por último no Brasil e que ela ia acabar primeiro no Brasil. Por que? Porque o Brasil estava preparado. O Brasil tinha uma economia sólida, tinha uma estabilidade muito sólida, o Brasil tinha reservas e o Brasil tinha um mercado interno potencial que outros países não tinham. Então, quando veio a crise e nós tomamos as medidas anticíclicas que nós tomamos, incentivando a indústria a produzir e facilitando a vida do consumidor, no caso de carro, de geladeira, de material da construção civil, de máquina de lavar roupa, de fogões. Ou seja, o que aconteceu é que nós voltamos a bater recorde de produção e de venda nesses produtos, inclusive, na construção civil, que tem crescido de forma extraordinária, não apenas por aquilo que já vinha sendo feito, mas depois do lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida, cresceu muito mais ainda. (...)” (http://cafe.radiobras.gov.br/Aberto/Cafe/Presidente)
Superado o “estilo lingüístico” do Lula (e, para aqueles que lerem a entrevista inteira, sua verborréia comunista), quero apenas fazer constar que, como apontado em meu artigo MACHO ALFA, o presidente estava certo a respeito dos efeitos da crise no Brasil.
Bem, não foi grande mérito dele se considerarmos que os indicadores todos apontavam nesse sentido e só não viram isso aqueles completamente cegos para a realidade da economia brasileira (como a mídia, para variar um pouco) ou aqueles que faltaram com a verdade a respeito dessa realidade (como os Democratas, por exemplo).
3 comentários:
É claro que o Lula tinha razão. Os socialistas tem razão sob vários aspectos !!!!
Vi vários artigos conservadores nesse blog e vários apoiando a igreja católica. Porém, seu excesso de conservadorismo é conflitante com a posição oficial da igreja. Você não leu La solennità della Pentecoste? Lá você verá que a distribuição de renda, antes de ser uma agenda comunista, é algo de fundamental importância para o homem: "Se esta justa distribuição dos bens não fosse atuada ou o fosse só imperfeitamente, não se atingiria o verdadeiro fim da economia nacional; pois que, embora circulasse uma afortunada abundância de bens disponíveis, o povo, não participando deles, não seria economicamente rico, mas pobre. Ao contrário, fazei que esta JUSTA DISTRIBUIÇÃO seja realmente efetuada de modo estável e vereis um povo, ainda que disponha de menores bens, tornar-se e ser economicamente são." (gf)
O Papa Pio XII também disse em sua Populorum Progressio que: "Qualquer programa feito para aumentar a produção não tem, afinal, razão de ser senão colocado ao serviço da pessoa. Deve REDUZIR DESIGUALDADES, combater discriminações, libertar o homem da servidão, torná-lo capaz de, por si próprio, ser o agente responsável do seu bem-estar material, progresso moral e desenvolvimento espiritual." (gf)
E a Igreja não pára por aí. O Papa João Paulo II deixou bem claro em sua Centesimus Annus que: "Estas considerações gerais refletem-se também no papel do estado no setor da economia. A atividade econômica, em particular a da economia de mercado, NÃO SE PODE REALIZAR NUM VAZIO INSTITUCIONAL, JURÍDICO E POLÍTICO."
João XXIII que você tanto admira aí nos seus artigos disse em sua encíclica Mater et Magistra: "Devem considerar-se exigências do bem comum no plano nacional: DAR EMPREGO AO MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE TRABALHADORES; evitar que se constituam categorias privilegiadas, mesmo entre trabalhadores; manter uma JUSTA PROPORÇÃO ENTRE SALÁRIOS E PREÇOS; TORNAR ACESSÍVEIS BENS E SERVIÇOS DE INTERESSE GERAL ao maior número de cidadãos; eliminar ou reduzir os desequilíbrios entre os setores da agricultura, da indústria e dos serviços; realizar o equilíbrio entre a expansão econômica e o desenvolvimento dos serviços públicos essenciais; adaptar, na medida do possível, as estruturas produtivas aos progressos das ciências e das técnicas; MODERAR O TEOR DE VIDA já melhorado da geração presente, tendo a intenção de preparar um porvir melhor as gerações futuras." (gf)
E aí, Bandeirante? Distribuição de renda, redução da desigualdade, controle da economia, emprego para os trabalhadores, justa proporção entre preços, serviços públicos, moderar o teor da vida, ... todas bandeiras defendidas pela Igreja – são mais conservadoras ou mais socialistas? Onde você predominantemente encontra isso tudo: na direita conservadora que você tanto defende nesse blog ou na social democracia (e até no socialismo)? Vá ler você mesmo no site do vaticano: http://www.vatican.va/holy_father/john_xxiii/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_15051961_mater_po.html
Ôloco! Você afirmando que o Lula estava certo! Fico feliz de constatar mais uma vez a sua honestidade :)
Uma coisa que torna impossível qualquer debate sério, no Brasil e em praticamente o mundo todo, é o pensamento 'se você está do meu lado, tanto faz se está falando besteira, está certo'. Noto muito isso nas conversas entre direita x esquerda, é fácil de verificar.
Sei que você não gosta do Obama, mas vou citar uma entrevista dele, não lembro de onde vi. O reporter perguntava se ele assistia os debates políticos televisivos sobre suas ações, e ele dizia que não, já que sabia exatamente o que os dois lados iriam dizer antes de terem dito qualquer coisa.
Eu sinto exatamente isso. Se vão dizer o que já é esperado e vão negar que haja qualquer mérito do outro lado, é muito difícil de você, participante ou observador, aprender qualquer coisa nova.
Como já disse F. Pessoa:
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo."
Aliás, esse poema é muito bom :)
Sim, ele é excelente !!!
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