quarta-feira, 27 de agosto de 2008

JOSEFO - RELATO HISTÓRICO DE JESUS FORA DOS LIVROS BÍBLICOS



"Ele fez milagres tão maravilhosos e assombrosos que, pelo que me toca, não posso considerá-lo um homem; todavia, em virtude de sua semelhança conosco, não posso considerá-lo um anjo (...)" Historiador FLAVIUS JOSEPHUS sobre Jesus Cristo.
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E, se não basta o relato histórico de Josefo e o fato de que o povo judeu jamais negou a existência de Jesus, que lhe teria sido extremamente benéfico (e necessário se de fato Jesus não tivesse mesmo existido), seguem alguns outros personagens históricos que mencionam cristo e os cristãos:
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PLÍNIO, O JOVEM, 112dc - “Todas as suas faltas ou todos os seus erros, confessaram eles, resumir-se-iam a reunir-se habitualmente numa data fixa e a cantar entre eles um hino a Cristo como se fosse um Deus”.
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TÁCITO, 116dc - “Nero considerou culpados e infligiu tormentos àqueles que eram detestados pelas suas abominações e a quem a multidão chamava cristãos. Este nome vem de Cristo, que foi entregue ao suplício no pontificado de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos".
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SUETÔNEO, 120dc - sobre o imperador Cláudio, diz que ele “expulsou de Roma os judeus que, sob a influência de Cresto, viviam causando tumultos”.
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THALUS/JULIUS AFRICANUS - "Thalus nos lembra de que na época de Tibério, na lua cheia, houve um eclípse total do sol da sexta a nona hora", colocação de Thalus que foi questionada em função da incongruência astronômica entre lua cheia e um eclipse solar.
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MARA BAR-SERAPION, em manuscrito no museu britânico - “que vantagem os Atenienses tem de por Sócrates para morrer? Fome e praga vieram sobre eles como castigo por esse crime. Que vantagem os homens de Samos tiveram em queimar Pitágoras? Em pouco tempo suas terras estavam cobertas com areia. Que vantagem os Judeus tiveram em executar seu Rei? Foi logo depois disso que seu reino foi abolido. Deus vingou com Justiça esses três sábios homens: os Atenienses morreram de fome, os Samianos foram sufocados pelos mares; os Judeus, arruinados, e desfeitos de sua terra, viveram totalmente dispersos. .... nem o sábio Rei morreu de verdade; Ele continua vivo nos ensinamentos que Ele deixou.”
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Aproveito para deixar resposta ao artigo "Jesus: o incômodo silêncio da História", de Lee Salisbury, que trata um pouco dos nomes citados acima. La vai:
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"Pelas barbas do profeta !! Não basta falar bem da ciência e mostrar erudição em textos antigos. É preciso exercer a ciência.

Será que Lee Salisbury não sabe que desde 1962 se tem conhecimento arqueológico de Nazaré? Não conhece os trabalhos do professor Avi Jonah e sua equipe, que encontraram nas ruínas de Cesaréia Marítima uma placa da vila/aldeia de Nazaré?

Será que ele não reparou que Josefo fala de Pilatos em outros momentos do livro se referindo a Pilatos da mesma forma? Que o título exato e efetivo de Pilatos só foi arqueologicamente descoberto/provado em 1961, quando um grupo de arqueólogos italianos encontrou uma pedra com seu nome e título (praefectus)?

Quer dizer que quando Tácito diz que Nero responsabilizou os cristãos pelo incêndio de Roma, “nome vem de Cristo, que foi entregue ao suplício no pontificado de Tibério pelo procurador Pôncio Pilatos”, Tácito enlouqueceu junto com Nero pois os cristãos não existiam, Cristo não existiu e Pilatos também não, pelo menos não o procurador Pilatos ...

É realmente incrível que Sêneca, Plínio, o velho, Quintiliano, o “famoso” Epitectus, ..., todos muito atualizados na comunicação digital instantânea de massa daquela época, não tenham escrito sobre Jesus ... Será que Plínio, o jovem, estava mais atualizado nesse tipo de comunicação (porque ele escreveu sobre Cristo)? Ou será que, quando usou o termo “Cristo” estava apenas escrevendo a palavra “messias” em hebraico pois havia se esquecido como se escrevia “messias” em sua própria língua?

E os evangelhos, documentos arqueologicamente comprovados e analisados – o evangelho de Marcos foi escrito 40 anos depois – não contam para nada? Desculpa aí se Jesus, naquela época, não se fez notável com a rapidez e impacto que Lee, do alto da sua visão global, digital, 3G, WWW, ..., esperava. Desculpa aí se naquela época Gutenberg ainda não havia nascido e a tradição era a oral - ahrg. Se aquele pessoal tivesse ao menos lido os escritos iluministas, que “maravilha” seria.

Fernando, será que Lee leu o suficiente? Será que ele não está citando Zindler demais? É sempre válido o cuidado para não se tornar o temido “homem de um livro só”."

terça-feira, 12 de agosto de 2008

UNIÃO SOVIÉTICA REENCARNADA !


Espero que vocês estejam acompanhando !!!! Essa fase light* e conciliadora de Chávez é apenas um momento de profundo deleite do ditador diante do fato (já sabido por ele e agora revelado para todos nós) de que as leis que os venezuelanos rejeitaram naquele plebiscito do NÃO no ano passado entraram em vigor por decreto dele. Só para que tenham uma idéia de que regras estou falando, uma delas permite ao presidente determinar quais alimentos serão produzidos ou comercializados em determinadas regiões do país, sob pena de prisão (e não é pouco – são 10 anos de prisão). E ai de quem tentar se levantar contra essa e outras medidas, pois outra delas cria uma milícia paralela às Forças Armadas da Venezuela, subordinada diretamente ao Hugobugo.

Bem, proponho um desafio: quero ver quem tem coragem de postar no meu blog que apóia um governo desses (não vale postar anominamente). Mas vai estudar as demais peculiaridades do decreto (em especial a figura da autoridade regional) antes de envolver o seu nome nisso.

*digo, leve – não podemos usar termos do imperialismo norte-americano, que cerceia nossa “liberdade” latino-americana.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

VIVO NO MEU MUNICÍPIO E SOU CIDADÃO DO MUNDO. NÃO ME VENHAM COM A DITADURA GLOBAL.


VIVO NO MEU MUNICÍPIO

Durante o ano em que morei nos EUA, a participação do americano na comunidade foi o que mais me chamou a atenção. E não estou falando dessa pseudo-participação que tanto se fala hoje, aquela do “vote, acompanhe e cobre o seu político eleito, tá aqui o e-mail dele”. Estou falando de participação de verdade, em que as pessoas se doam à comunidade e fazem algo por ela sem esperar retorno financeiro ou que outro o faça.

A Sra. English, por exemplo, dona de uma farmácia em Windsor, no alto de seus 81 anos, organizava o trânsito do município durante as nevascas. O Sr. Harting, engenheiro elétrico que trabalhava em Binghamton, município próximo, era vereador (trustee) de Windsor, técnico de um time de baseball do município e líder de escoteiros, sem nada receber por essas três atividades. A Sra. Harting, escrivã da prefeitura local, era a responsável por montar, em conjunto com outras pessoas como ela, todo o cronograma de jogos regionais da estação de baseball, sem nada receber por isso. Minha melhor amiga, a Sarah, jornalista bem sucedida, que acabou de comprar uma casa, é bombeira !! Sim, bombeira, sem nada receber por isso. O pai dela, professor de ciências do colegial, é integrante do 911 e atende emergências sem nada receber por isso, assim como a grande maioria dos atendentes do 911. Outro grande amigo meu, o Jim, quando ficou mais velho, se tornou técnico de time de baseball da cidade também, sem nada receber por isso. E não pára por aí. Tínhamos as organizações locais com maioria, quando não totalidade, de voluntários, como, por exemplo, era o caso do grupo contra as drogas. Os mais acomodados participavam de jantares beneficentes ou patrocinavam alguma dessas estruturas locais e seus eventos. Hoje, se quiser, existe, inclusive, a opção de ajudar sem sair de casa: http://www.kiva.org/, embora a ajuda aqui não esteja no plano municipal. Até eu acabei entrando nessa vivência cultural e, à época, sem entender muito inglês, ajudei o município na venda de hotdogs e hamburgers a preço de custo no parque instalado na cidade, bem como a recolher metais recicláveis por toda Windsor em uma campanha de conscientização.

E tudo isso me mostrou com uma clareza infinita do que era realmente composta a estrutura dos tão falados “estados unidos”. A estrutura não era formada de estados, mas sim de municípios ou, melhor dizendo, de comunidades, estas muito bem cuidadas pelos seus habitantes, que buscam atingir suas metas e resolver seus próprios problemas, esperando pouco de um governo central, quando não apenas aquilo que a grande mídia dizia que eles tinham que esperar.

Isso porque americano de verdade não espera um herói, seja ele um presidente ou governador ou congressista ou líder religioso, para resolver a sua dificuldade mundana ou para atingir a sua meta. O americano de verdade é o herói dessa história! E o herói é o americano da rua, aquele mediano, padrão. Presidente popular lá é aquele que faz com que as pessoas se sintam capazes de superarem suas próprias dificuldades e de serem grandes. Não aquele que promete mundos e fundos. É dessa forma de pensar, por exemplo, que a maioria das corporações enterrou a figura do chefe e extraiu o atual conceito de líder.

Se pensarmos no país como um órgão, composto por tecidos, seus estados ou províncias, que por sua vez são compostos por células, seus municípios, entenderemos melhor que o bom funcionamento do país (órgão) depende e tem por pressuposto, o bom funcionamento das comunidades/municípios (células), embora o inverso não seja verdadeiro e, muito provavelmente, sequer verificável.

Se as células de um tecido estão bem, o tecido também estará. Se os tecidos de um órgão estão bem porque suas células estão bem, então também o órgão estará. Isso tudo demonstra com mais clareza o que deveria ser óbvio: uma nação tem chances reais de sucesso (leia-se: de permitir e favorecer o desenvolvimento integral da personalidade humana) quando suas dificuldades e problemas são resolvidos em nível municipal ou, se preferirem, comunitário, pelo envolvimento direto de seus habitantes.

Por isso, sempre que vejo o fortalecimento dos estados e/ou da união fico com a sensação de estarmos na contramão de um modelo que deu certo e que, mesmo lá, nos EUA, infelizmente está sendo abandonado. A União e os Estados devem ser personagens importantes como chefes de estado e não de governo, se me permitem o paralelo, com um bom exemplo disso bem diante de nós: a União, no regime militar, que foi um excelente chefe de estado e um péssimo chefe de governo.

Por isso, acredito que nosso bem estar depende da MUNICIPALIZAÇÃO de nossa estrutura de Estado.

SOU CIDADÃO DO MUNDO

Essa realidade não afasta, porém, o fato de hoje sermos cada vez mais cidadãos do mundo. Se uma fábrica paraguaia polui um rio que passa pela minha cidade brasileira, terei interesse em eventual decisão judicial paraguaia que apreciar a questão, assim como tal decisão tornará visível e real, em minha cidade, um poder estrangeiro, que não se submete aos seus limites politicamente estabelecidos, quer nosso Supremo Tribunal Federal queira ou não. O mesmo vale em relação a crimes praticados em minha comunidade via internet, por exemplo, situação em que o poder que eventualmente recairá sobre o município será o poder estrangeiro. E assim vale para todos os interesses chamados de difusos (aquele indivisíveis, cuja resolução ou beneficia a todos ou não) que extrapolam os limites territoriais (políticos) de uma nação.

Nesse sentido, por óbvio que a territorialidade na qual o Estado de Direito exerce sua soberania é artificial, não é verdadeira. Ela vale quando conseguimos fazer valer. Porém, quando não conseguimos, ela deixa de existir.

Como essa figura artificial de um Estado de Direito Territorial se enfraquece cada vez mais perante questões difusas cada vez mais presentes em um planeta cujos habitantes estão, na mesma proporção, cada vez mais integrados, vão se abrindo espaços cada vez maiores para idéias de mundialização dos países.

Essas idéias, na verdade, já compõem um movimento que busca a formação de um Governo Global e que já tem pequenos filhos espalhados pelo Globo, dos quais dois se destacam: a ONU e a União Européia.

Por óbvio, depois de termos extraído da realidade municipalizada dos EUA um relevante, senão determinante, motivo do seu sucesso, falar em Governo Global constitui um atraso político, atraso maior do que pensar no fortalecimento da União, quando não é pura má intenção de quem está vendido para o poder. Porém, da mesma forma, parece constituir um atraso acreditar na existência de um limite territorial ao exercício de poder do Estado de Direito em um planeta globalmente integrado, momento em que, a partir dessas duas conclusões, só nos resta extrair a seguinte pergunta: estamos diante de um paradoxo? Vivemos no município ou somos cidadãos do mundo? Conseguimos combinar as duas necessidades (municipalização e desmistificação territorial do poder de Estado)?

Não estamos diante de um paradoxo, senão aparente, pois conseguimos combinar as duas necessidades se reconhecermos que elas se realizam (ou devem ser realizar) em planos diferentes. Enquanto a municipalização é desejável na forma de um “chefe de governo” (administrador) a integração global pode trazer benefícios na forma de um “chefe de estado” (articulador). Trocar uma forma pela outra é jogar fora a experiência de sucesso e buscar a pura e simples concentração de poder. E, infelizmente, é isso que verificamos atualmente. A influência do pensamento de esquerda vem fortalecendo a União e, tanto quanto possível, as partes que já existem desse governo global: (1) na contramão da formação de comunidades que permitam o bem viver do ser humano e (2) em direção a concentração de poder e, consequentemente, na formação da tão sonhada ditadura do proletariado, que, adaptado à realidade contemporânea, não passa de uma ditadura de burocratas, pessoas que não conseguiram ser nem empreendedores, nem proletários.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

COMO SE EXPRESSAR SOBRE DEUS?

"Deus transcende a toda criatura. Por isso, é preciso incessantemente purificar a nossa linguagem daquilo que possui de limitado, de proveniente de pura imaginação, de imperfeito, para não confundirmos o Deus 'inefável, incompreensível, invisível, inatingível' [São João Crisóstomo] com as nossas representações humanas."
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"Ao defender a capacidade da razão humana de conhecer a Deus, a Igreja exprime sua confiança na possibilidade de falar de Deus a todos os homens e com todos os homens. Esta convicção está à base do seu diálogo com as outras religiões, com a filosofia e as ciências, como também com os não-crentes e os ateus."
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Catecismo da Igreja Católica, Primeira Parte, Primeira Seção, Capítulo I, item IV.
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E sobre a razão humana, o mesmo Catecismo diz, em sua Primeira Parte, Primeira Seção, Capítulo III, item III, o seguinte: "Porém, ainda que a fé esteja acima da razão, não poderá jamais haver verdadeira desarmonia entre uma e outra, porquanto o mesmo Deus que revela os mistérios e infunde a fé dotou o espírito humano da luz da razão; e Deus não poderia negar-se a si mesmo, nem a verdade jamais contradizer à verdade".
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Mas é importante nos lembrarmos das palavras de Santo Agostinho: "Se o compreendesses, ele não seria Deus."

CONHECIMENTO SEPARADO EM CASTAS !!!

Existe algo em comum entre os Clubes Literários formados após a Revolução Francesa e as atuais Universidades brasileiras: o fato de ambos criarem uma estrutura que confere ou não o reconhecimento/valor a um dado conteúdo intelectual a partir da aceitação de um grupo pessoas que compõem essa estrutura.

As idéias e as construções de conhecimento não avaliadas pelos membros de um Clube Literário francês eram semelhantes às dissertações ou teses sem o reconhecimento de uma banca de professores de uma dada Universidade, do que decorre a sujeição da idéia/conhecimento/opinião a uma dada estrutura composta por homens que partem do pressuposto, que lhes foi conferido por si próprios, de que apenas eles podem chancelar a idéia ou opinião como certa/boa ou errada/ruim, forçando a sociedade a substituir a competência pelo currículo e aumentando as chances de títulos serem bem recebidos em detrimento de boas idéias, quase que como se as idéias, o conhecimento e as opiniões pudessem ser separados em castas.
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Acho que é por isso que Harold Bloom disse: "A todos os meus melhores alunos de graduação eu digo para não cursarem pós-graduação. Façam qualquer outra coisa, garantam a sobrevivência do jeito que for, mas não como professores universitários. Sintam-se livres para estudar literatura por conta própria, para ler e escrever sozinhos, porque a próxima geração de bons leitores e críticos terá de vir e fora da universidade." ("Harold Bloom contra-ataca", Folha de São Paulo, 6 de agosto de 1995.)

sábado, 2 de agosto de 2008

ÍNDICE DE LIBERDADE ECONÔMICA


LIBERDADE ECONÔMICA !! Classificação dos países pelo critério de liberdade econômica. Percebam que os mais livres são os mais ricos. BALELA o argumento de que o Estado precisa controlar a economia para melhorar a vida da população. É exatamente o contrário !!! http://www.heritage.org/Index/countries.cfm

IGREJA e ESTADO


BERTRAND DE JOUVENEL - A religião, portadora de verdades universais, era para ele o único instrumento que permitia (permite) uma resistência contra o crescimento ilimitado do poder do Estado.

A BUNDA DO POVO !!

"Tudo que pinta de novo, pinta na bunda do povo." Alborgheti