segunda-feira, 28 de setembro de 2009

ESTADO ASSISTENCIALISTA


"(...) e se os tigres e os leões lhe comem a ração da carne que não caçaram no bosque, sejam presos e encerrados com grades de ferro." Sermão de Santo Antônio - VIEIRA, Antônio in Sermões, organização Alcir Pécora, Tomo I, 1a edição, São Paulo, Editora Hedra, 2000, p. 321

3 comentários:

Henrique Rossi disse...

É incrível como qualquer coisa que esse homem escreveu é de extrema elegância!

Unknown disse...

Você insiste em dizer que o assistencialismo estatal é um problema ... Mas você se esquece dos efeitos positivos dele: distribuição de renda, deslocamento da curva de demanda para a direita, criação de um novo ponto de equilíbrio econômico, com maior oferta, maiores valores dos bens (inflação que deve ser controlada pelo Banco Central), tudo acarretando maior progresso econômico (considerada concorrência monopolista). Será que não você não está vendo isso acontecer? Está diante dos seus olhos !! Esses efeitos positivos de longe superam o risco por você (corretamente) apontado (dependência e supressão da individualidade das pessoas). É como se você estivesse criticando o remédio pelos seus efeitos colaterais quando seus benefícios para a sobrevivência (da economia e do povo) são muito maiores. Seria você um idealista que espera por uma solução perfeita que, esqueça, jamais existirá? Seu conceito de socialismo parou no tempo.

Rodrigo disse...

O assistencialismo pontual (que não é o assistencialismo da esquerda) pode ser bom para iniciar um ciclo positivo de crescimento. Porém, repare que, como dinheiro não brota em árvore, ele precisa ser extraído da sociedade por meio dos instrumentos tributários que, até pouco tempo, tiveram que ser reduzidos para enfrentarmos essa última crise mundia, do que resulta a conclusão óbvia de que: se o assistencialismo demanda dinheiro, que demanda tributação, que ser prejudicial à economia, então não é tão unânime como você pretende colocar que o assistencialismo é algo bom para o próprio assistido, já que a redução tributária no caso que acabamos de ver estava diretamente ligada a manutenção de emprego de ex-futuros-assistidos ...

E nem poderia ser diferente. Está diante dos seus olhos e dos olhos de todos que o dinheiro que entra no bolso do povo oriundo de assistencialismo não é o mesmo que entra oriundo do trabalho, já que apenas esse último gera produção nacional e, conseqüentemente, crescimento.

Não é porque a estrutura do nosso capitalismo é incapaz de realizar a distribuição de renda que é peculiar ao capitalismo sadio, como se constatou empiricamente há quase um século no caso Ford, que a intervenção do Estado está completa e plenamente justificada, em especial economicamente como você pretendeu abaixo.

Seu exemplo das curvas de equilíbrio econômico também é válido quando analisamos os efeitos da redução da carga tributária na redução do preço, no aumento da demanda e, conseqüentemente, do emprego.