Segue abaixo minha resposta ao artigo “Deus e o Jardim das Delícias”, de Hélio Schwartsman, que você pode ler no seguinte site: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u595384.shtml
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Hélio, seu texto é muito estranho vindo de um “bacharel em filosofia”.
Você já parou para pensar que talvez os teólogos, os escolásticos, os filósofos e pensadores cristãos não tenham ficado dois mil anos sentados pensando se “a punição justa a quem zomba de carecas é a morte”? Que talvez esse pessoal todo se ocupou do aprofundamento das questões filosóficas levantadas por Sócrates, Platão e Aristóteles, deixadas de lado pelos obviamente esquecidos cínicos, céticos e estóicos (para nem citar epicuro), questões essas que deram origem às ciências modernas, cujo método é socrático/aristotélico?
Você já se questionou por que será que hoje se questiona se Aristóteles, fundamental para a ciência moderna, teria sido devolvido a primeiro plano pelos árabes ou pelos monges do Monte Saint Michael lá na idade média e não por um movimento ateu ou, quem sabe, “illuminatti”? (http://lafuerzadelarazon.wordpress.com/2007/06/05/islam-%c2%bfcultura-superior/) (http://lafuerzadelarazon.wordpress.com/2008/05/01/aristteles-en-mont-saint-michel/)
Você já se questionou porque será que um dos primeiros observatórios do mundo foi o Observatório do Vaticano – Specola Vatiana – (http://vaticanobservatory.org/), de onde, inclusive, o padre José Gabriel Funes pesquisa atualmente vida inteligente fora da terra (segundo esse padre, Deus pode ter criado seres inteligentes em outros planetas do mesmo jeito como criou o universo e os homens)? (http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/05/13/vaticano_admite_que_pode_haver_vida_fora_da_terra-427364374.asp)
Antes de você dizer “convenhamos que religião e nosso conhecimento do mundo não andam exatamente de braços dados”, você já parou para pensar na PONTIFÍCIA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS, a primeira academia científica do mundo fundada em 1603, em Roma, - Galileu Galilei foi um de seus membros, inclusive – e que hoje conta cerca de 80 "acadêmicos pontifícios" provenientes do mundo todo, nomeados pelo Papa, sob indicação do corpo acadêmico? (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pontif%C3%ADcia_Academia_das_Ci%C3%AAncias)
Você já refletiu para o fato de que essa Academia, presidida pelo Papa, é a única academia de ciências do mundo a ter uma única categoria e um caráter supranacional, que conta em sua história com o maior número de membros laureados com prêmio Novel (45), a maioria escolhida ANTES de serem premiados, e tem por objetivo promover a pesquisa e examinar questões científicas? (http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_academies/acdscien/index_po.htm)
Você já parou para pensar que foi a Igreja, como provado pela história, que financiou os estudos de Galileu Galilei! Que o livro que publica sua teoria (heliocentrismo) foi analisado pelos censores da Igreja e recebeu o Imprimatur! Que o papa Urbano VIII foi testemunha de defesa de Galileu! Que o processo terminou com Galileu dizendo: "Eppur si muove!" ("contudo, ela [Terra] se move"). Que os estudos dele continuaram regularmente depois do processo! Que Galileu era um cristão fervoroso e o papa era seu amigo (padrinho, para ser mais exato)! Que naquela época as pessoas misturavam o conceito de heliocentrismo e o de hermetismo, coisas diferentes sobre as quais, aparentemente, até hoje alguns “cientistas” se confundem? Você, aliás, sabia que Copérnico era cônego da Igreja? (http://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei) (CARVALHO, Olavo de in O jardim das aflições, 2ª edição, São Paulo, Editora É Realizações, p. 35)
Hélio, você já parou para pensar que quando você questiona a existência de Deus, você se coloca sob o aspecto científico em uma situação muito vergonhosa? Isso porque você (1) não pode dizer que a matéria passou a existir (Big Bang) do nada sem causa alguma, quando a física nos ensina que nada se cria, nada se destrói, tudo se transforma; (2) tampouco pode dizer que a matéria sempre existiu (como matéria ou como energia) quando a ciência já apontou 3 evidências científicas para a ocorrência do Big Bang: (a) a expansão do Universo, (b) o Eco Radioativo e (c) a Segunda Lei de Termodinâmica (esta apontando que as leituras físicas só fazem sentido se considerarmos que as coisas tiveram um início, o que nos leva ao problema descrito no item 1 acima - contradição essa só explicada pela concepção lógica já levantada por Aristóteles de que as coisas só fazem sentido se colocarmos na equação um Ato Primeiro – Deus - que não veio a ser junto com as coisas que vieram – a criação). O que é mais insano, dizer que Deus não faz sentido algum e negar uma lei física e três evidências científicas ou dizer que Deus existe, embora não seja de fácil acesso racional? (http://www.youtube.com/watch?v=YVZivZagkjY&feature=related) Talvez você tenha a pretensão de já conhecer o Universo bem o suficiente para chegar a conclusões tão certas a esse respeito ...
Hélio, você já parou para pensar que, “se existe mesmo um Deus monoteísta” (sic), talvez o que ele realmente queiera de nós seja que comecemos por deixar de matar o próximo, como fizeram os regimes ateus comunistas e fascistas, que só no século passado, mataram mais do que CEM MILHÕES de pessoas (número que acho subdimensionado, mas que opto por usar por ser um número extraído de um levantamento feito por comunistas, eliminando a possibilidade de dizerem que sou tendencioso) (http://pt.wikipedia.org/wiki/O_livro_negro_do_Comunismo).
Será que você já parou para pensar no motivo pelo qual você e tantos outros falam tanto da Inquisição, que em três séculos matou aproximadamente vinte mil pessoas (CARVALHO, Olavo de in O jardim das aflições, 2ª edição, São Paulo, Editora É Realizações, p. 35), e se esquecem dessa “pequena” cifra de mais de CEM MILHÕES de pessoas mortas pelos regimes ateus?
Você já parou para estudar um pouco de História do Direito e descobrir: (i) que a Inquisição substituiu à época o Método Acusatório então vigente (aquele em que era você, quando acusado, que tinha que provar não ter feito aquilo do que te acusavam) pelo Método Inquisitório (por isso Inquisição – voila), (ii) que a Inquisição eliminou a Ordália – um tipo de prova judiciária usada para determinar a culpa ou a inocência do acusado, submetendo-o a uma prova dolorosa (envolvendo fogo ou água) que, se concluída sem ferimentos ou com feridas rapidamente curadas, livrava o acusado da acusação, (iii) que a Inquisição limitou o uso da tortura, típico instrumento jurídico da Idade Média (sim, a “tortura” era instrumento jurídico herdado de Roma, como o “juramento” perante um juri, por exemplo) de garantia da veracidade da informação prestada pelo acusado que estava sendo inquirido, instituindo regras para: (a) abrandar o seu uso e (b) restringir o seu uso para apenas quando: (i) já houvesse meia-prova, ou (ii) quando houvesse testemunhas fidedignas do crime, ou (iii) quando o sujeito já apresentasse antecedentes como má fama, maus costumes, ou (iv) tivesse tentado fugir e (v) apenas após aprovação do bispo diocesano e de uma comissão julgadora – (ufa, não era fácil como era nos governos civis)! (GILISSEN, John, Introdução histórica ao direito, tradução portuguesa de A. M. Hespanha e L. M. Macaísta Malheiros, 2a edição, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1995)
Você já estudou um pouco, que seja, sobre a queda do Império Romano, e que, quando o Império Romano se desmantelou e as cidades ficaram sujeitas a violência geral, foram padres e bispos da Igreja, além de alguns poucos nobres romanos que retornaram para suas terras e cidadãos com conhecimento em organização militar, os responsáveis pela defesa das cidades e seus habitantes, que voluntariamente submetiam suas terras à jurisdição de quem tinha sucesso nessa atividade, na esperança e realidade da segurança? Que foi o bispo de Roma, papa Leão Magno que impediu o huno Átila de saquear Roma e que negociou com o visigodo Genserico pela vida dos habitantes da cidade?
Você já parou para pensar que enquanto Richard Dawkins, Christopher Hitchens, Daniel Denett, David Comings e cia ltda., mas limitada mesmo, ficam vociferando contra a religião, é a Igreja que está financiando estudos, organizações, pesquisas, etc.?
Será que você já refletiu sobre o fato de que o homem racional, além de descobrir sua origem, quer descobrir também o motivo das coisas, como bem reconhece o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, que na página 84 de sua edição pela Editora Vozes, Rio de Janeiro, 1993, diz: “283 A questão das origens do mundo e do homem é objeto de numerosas pesquisas científicas que enriqueceram magnificamente os nossos conhecimentos sobre a idade e as dimensões do cosmo, o devir das formas vivas, o aparecimento do homem. Estas descobertas nos convidam a admirar tanto mais a grandeza do Criador, a render-lhe graças pro todas as suas obras e pela inteligência e a sabedoria que dá aos estudiosos e aos pesquisadores. (...) O grande interesse reservado a essas pesquisas é fortemente estimulado por uma questão de outra ordem, e que ultrapassa o âmbito próprio das ciências naturais. Não se trata somente de saber quando e como surgiu materialmente o cosmo, nem quando o homem apareceu, mas antes, de descobrir qual é o sentido de tal origem (...)?” (http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2c1_198-421_po.html)
Hélio, você já parou para pensar, com base nos documentos históricos, que foi a Igreja (e não os ateus) a primeira a se opor a escravidão indígena, quando o Papa Paulo III, em 1537, emitiu a Bula Sublimis Deus (http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_19881103_racismo_sp.html), algo reconhecido até pelo comunista Eduardo Galeano? (GALEANO, Eduardo, As veias abertas da américa latina, 48a edição, São Paulo, Editora Paz e Terra, 2008, p. 62)
Você já parou para pensar que “no Rio de Janeiro, o povo derrubou as grades do Colégio dos Jesuítas e teria assassinado os missionários paraguaios se não fosse a intervenção do Governador; em Santos, derrubaram o Vigário-Geral” quando o Papa Urbano VIII decretou, em 1639, “a mais severa sanção da Igreja contra quem quer que escravizasse um índio, convertido ou não.”? (MOOG, Vianna, Bandeirantes e pioneiros, Rio de Janeiro, 18a edição, Editora Civilização Brasileira, 1993, p. 119)
Você já parou para pensar que o seu argumento de que “a religião dá prazer” (risos) não faz o menor sentido quando consideramos o fato de que a vida pós-morte coloca para quem nela acredita (o religioso) algo muito arriscado (aterrorizador, eu diria, para quem acredita no inferno) enquanto fica desse temor liberado aquele que não acredita em Deus, em religião e que pode fazer o que bem entender sem o risco da danação eterna? Hélio, você já leu o trecho “To be or not to be” de Shakespeare? Ele é um belo demonstrativo desse “prazer” que a religião nos dá. (http://bandeirantesepioneiros.blogspot.com/2009/07/sobre-o-suposto-conforto-da-vida-pos.html)
Talvez você ainda não tenha parado para pensar em nada disso, né !? Bem, sugiro de bom coração que o faça. Vá espairecer um pouco, faça uma Grande Navegação, vai apreciar Michelangelo na Capela Sistina enquanto reflete sobre o surgimento do Renascimento, sobre o Inferno, o Purgatório e o Paraíso de Dante, quem sabe assim, você pense um pouco mais antes de dizer que Deus “espera de nós atitudes exóticas” quando, de exótico, só mesmo os argumentos levantados no seu texto.
Você já parou para pensar que talvez os teólogos, os escolásticos, os filósofos e pensadores cristãos não tenham ficado dois mil anos sentados pensando se “a punição justa a quem zomba de carecas é a morte”? Que talvez esse pessoal todo se ocupou do aprofundamento das questões filosóficas levantadas por Sócrates, Platão e Aristóteles, deixadas de lado pelos obviamente esquecidos cínicos, céticos e estóicos (para nem citar epicuro), questões essas que deram origem às ciências modernas, cujo método é socrático/aristotélico?
Você já se questionou por que será que hoje se questiona se Aristóteles, fundamental para a ciência moderna, teria sido devolvido a primeiro plano pelos árabes ou pelos monges do Monte Saint Michael lá na idade média e não por um movimento ateu ou, quem sabe, “illuminatti”? (http://lafuerzadelarazon.wordpress.com/2007/06/05/islam-%c2%bfcultura-superior/) (http://lafuerzadelarazon.wordpress.com/2008/05/01/aristteles-en-mont-saint-michel/)
Você já se questionou porque será que um dos primeiros observatórios do mundo foi o Observatório do Vaticano – Specola Vatiana – (http://vaticanobservatory.org/), de onde, inclusive, o padre José Gabriel Funes pesquisa atualmente vida inteligente fora da terra (segundo esse padre, Deus pode ter criado seres inteligentes em outros planetas do mesmo jeito como criou o universo e os homens)? (http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/05/13/vaticano_admite_que_pode_haver_vida_fora_da_terra-427364374.asp)
Antes de você dizer “convenhamos que religião e nosso conhecimento do mundo não andam exatamente de braços dados”, você já parou para pensar na PONTIFÍCIA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS, a primeira academia científica do mundo fundada em 1603, em Roma, - Galileu Galilei foi um de seus membros, inclusive – e que hoje conta cerca de 80 "acadêmicos pontifícios" provenientes do mundo todo, nomeados pelo Papa, sob indicação do corpo acadêmico? (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pontif%C3%ADcia_Academia_das_Ci%C3%AAncias)
Você já refletiu para o fato de que essa Academia, presidida pelo Papa, é a única academia de ciências do mundo a ter uma única categoria e um caráter supranacional, que conta em sua história com o maior número de membros laureados com prêmio Novel (45), a maioria escolhida ANTES de serem premiados, e tem por objetivo promover a pesquisa e examinar questões científicas? (http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_academies/acdscien/index_po.htm)
Você já parou para pensar que foi a Igreja, como provado pela história, que financiou os estudos de Galileu Galilei! Que o livro que publica sua teoria (heliocentrismo) foi analisado pelos censores da Igreja e recebeu o Imprimatur! Que o papa Urbano VIII foi testemunha de defesa de Galileu! Que o processo terminou com Galileu dizendo: "Eppur si muove!" ("contudo, ela [Terra] se move"). Que os estudos dele continuaram regularmente depois do processo! Que Galileu era um cristão fervoroso e o papa era seu amigo (padrinho, para ser mais exato)! Que naquela época as pessoas misturavam o conceito de heliocentrismo e o de hermetismo, coisas diferentes sobre as quais, aparentemente, até hoje alguns “cientistas” se confundem? Você, aliás, sabia que Copérnico era cônego da Igreja? (http://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei) (CARVALHO, Olavo de in O jardim das aflições, 2ª edição, São Paulo, Editora É Realizações, p. 35)
Hélio, você já parou para pensar que quando você questiona a existência de Deus, você se coloca sob o aspecto científico em uma situação muito vergonhosa? Isso porque você (1) não pode dizer que a matéria passou a existir (Big Bang) do nada sem causa alguma, quando a física nos ensina que nada se cria, nada se destrói, tudo se transforma; (2) tampouco pode dizer que a matéria sempre existiu (como matéria ou como energia) quando a ciência já apontou 3 evidências científicas para a ocorrência do Big Bang: (a) a expansão do Universo, (b) o Eco Radioativo e (c) a Segunda Lei de Termodinâmica (esta apontando que as leituras físicas só fazem sentido se considerarmos que as coisas tiveram um início, o que nos leva ao problema descrito no item 1 acima - contradição essa só explicada pela concepção lógica já levantada por Aristóteles de que as coisas só fazem sentido se colocarmos na equação um Ato Primeiro – Deus - que não veio a ser junto com as coisas que vieram – a criação). O que é mais insano, dizer que Deus não faz sentido algum e negar uma lei física e três evidências científicas ou dizer que Deus existe, embora não seja de fácil acesso racional? (http://www.youtube.com/watch?v=YVZivZagkjY&feature=related) Talvez você tenha a pretensão de já conhecer o Universo bem o suficiente para chegar a conclusões tão certas a esse respeito ...
Hélio, você já parou para pensar que, “se existe mesmo um Deus monoteísta” (sic), talvez o que ele realmente queiera de nós seja que comecemos por deixar de matar o próximo, como fizeram os regimes ateus comunistas e fascistas, que só no século passado, mataram mais do que CEM MILHÕES de pessoas (número que acho subdimensionado, mas que opto por usar por ser um número extraído de um levantamento feito por comunistas, eliminando a possibilidade de dizerem que sou tendencioso) (http://pt.wikipedia.org/wiki/O_livro_negro_do_Comunismo).
Será que você já parou para pensar no motivo pelo qual você e tantos outros falam tanto da Inquisição, que em três séculos matou aproximadamente vinte mil pessoas (CARVALHO, Olavo de in O jardim das aflições, 2ª edição, São Paulo, Editora É Realizações, p. 35), e se esquecem dessa “pequena” cifra de mais de CEM MILHÕES de pessoas mortas pelos regimes ateus?
Você já parou para estudar um pouco de História do Direito e descobrir: (i) que a Inquisição substituiu à época o Método Acusatório então vigente (aquele em que era você, quando acusado, que tinha que provar não ter feito aquilo do que te acusavam) pelo Método Inquisitório (por isso Inquisição – voila), (ii) que a Inquisição eliminou a Ordália – um tipo de prova judiciária usada para determinar a culpa ou a inocência do acusado, submetendo-o a uma prova dolorosa (envolvendo fogo ou água) que, se concluída sem ferimentos ou com feridas rapidamente curadas, livrava o acusado da acusação, (iii) que a Inquisição limitou o uso da tortura, típico instrumento jurídico da Idade Média (sim, a “tortura” era instrumento jurídico herdado de Roma, como o “juramento” perante um juri, por exemplo) de garantia da veracidade da informação prestada pelo acusado que estava sendo inquirido, instituindo regras para: (a) abrandar o seu uso e (b) restringir o seu uso para apenas quando: (i) já houvesse meia-prova, ou (ii) quando houvesse testemunhas fidedignas do crime, ou (iii) quando o sujeito já apresentasse antecedentes como má fama, maus costumes, ou (iv) tivesse tentado fugir e (v) apenas após aprovação do bispo diocesano e de uma comissão julgadora – (ufa, não era fácil como era nos governos civis)! (GILISSEN, John, Introdução histórica ao direito, tradução portuguesa de A. M. Hespanha e L. M. Macaísta Malheiros, 2a edição, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1995)
Você já estudou um pouco, que seja, sobre a queda do Império Romano, e que, quando o Império Romano se desmantelou e as cidades ficaram sujeitas a violência geral, foram padres e bispos da Igreja, além de alguns poucos nobres romanos que retornaram para suas terras e cidadãos com conhecimento em organização militar, os responsáveis pela defesa das cidades e seus habitantes, que voluntariamente submetiam suas terras à jurisdição de quem tinha sucesso nessa atividade, na esperança e realidade da segurança? Que foi o bispo de Roma, papa Leão Magno que impediu o huno Átila de saquear Roma e que negociou com o visigodo Genserico pela vida dos habitantes da cidade?
Você já parou para pensar que enquanto Richard Dawkins, Christopher Hitchens, Daniel Denett, David Comings e cia ltda., mas limitada mesmo, ficam vociferando contra a religião, é a Igreja que está financiando estudos, organizações, pesquisas, etc.?
Será que você já refletiu sobre o fato de que o homem racional, além de descobrir sua origem, quer descobrir também o motivo das coisas, como bem reconhece o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, que na página 84 de sua edição pela Editora Vozes, Rio de Janeiro, 1993, diz: “283 A questão das origens do mundo e do homem é objeto de numerosas pesquisas científicas que enriqueceram magnificamente os nossos conhecimentos sobre a idade e as dimensões do cosmo, o devir das formas vivas, o aparecimento do homem. Estas descobertas nos convidam a admirar tanto mais a grandeza do Criador, a render-lhe graças pro todas as suas obras e pela inteligência e a sabedoria que dá aos estudiosos e aos pesquisadores. (...) O grande interesse reservado a essas pesquisas é fortemente estimulado por uma questão de outra ordem, e que ultrapassa o âmbito próprio das ciências naturais. Não se trata somente de saber quando e como surgiu materialmente o cosmo, nem quando o homem apareceu, mas antes, de descobrir qual é o sentido de tal origem (...)?” (http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2c1_198-421_po.html)
Hélio, você já parou para pensar, com base nos documentos históricos, que foi a Igreja (e não os ateus) a primeira a se opor a escravidão indígena, quando o Papa Paulo III, em 1537, emitiu a Bula Sublimis Deus (http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_19881103_racismo_sp.html), algo reconhecido até pelo comunista Eduardo Galeano? (GALEANO, Eduardo, As veias abertas da américa latina, 48a edição, São Paulo, Editora Paz e Terra, 2008, p. 62)
Você já parou para pensar que “no Rio de Janeiro, o povo derrubou as grades do Colégio dos Jesuítas e teria assassinado os missionários paraguaios se não fosse a intervenção do Governador; em Santos, derrubaram o Vigário-Geral” quando o Papa Urbano VIII decretou, em 1639, “a mais severa sanção da Igreja contra quem quer que escravizasse um índio, convertido ou não.”? (MOOG, Vianna, Bandeirantes e pioneiros, Rio de Janeiro, 18a edição, Editora Civilização Brasileira, 1993, p. 119)
Você já parou para pensar que o seu argumento de que “a religião dá prazer” (risos) não faz o menor sentido quando consideramos o fato de que a vida pós-morte coloca para quem nela acredita (o religioso) algo muito arriscado (aterrorizador, eu diria, para quem acredita no inferno) enquanto fica desse temor liberado aquele que não acredita em Deus, em religião e que pode fazer o que bem entender sem o risco da danação eterna? Hélio, você já leu o trecho “To be or not to be” de Shakespeare? Ele é um belo demonstrativo desse “prazer” que a religião nos dá. (http://bandeirantesepioneiros.blogspot.com/2009/07/sobre-o-suposto-conforto-da-vida-pos.html)
Talvez você ainda não tenha parado para pensar em nada disso, né !? Bem, sugiro de bom coração que o faça. Vá espairecer um pouco, faça uma Grande Navegação, vai apreciar Michelangelo na Capela Sistina enquanto reflete sobre o surgimento do Renascimento, sobre o Inferno, o Purgatório e o Paraíso de Dante, quem sabe assim, você pense um pouco mais antes de dizer que Deus “espera de nós atitudes exóticas” quando, de exótico, só mesmo os argumentos levantados no seu texto.
15 comentários:
Rodrigo,
Você irá se supreender com o que aconteceu comigo durante a leitura do seu texto: fiquei extremamente triste! Verdade. Não porque haja nele alguma imprecisão ou mentira. Pelo contrário, está tudo muito bem posto. Mas lê-lo foi revisitar um pesadelo muito amargo e vou explicar porquê.
Minha vida toda está tendo de ser alterada por causa de gente que pensa como o Hélio Shwartz. Em cinema nada se faz sozinho. Amizade, nessa profissão, é coisa de primeira grandeza. Pois bem, você pode imaginar as confusões monumentais nas quais me meti tentando ser aceito pelos colegas e crescer profissionalmente. Aqui não é o lugar para se começar a falar sobre isso.
Decidi largar meu emprego em SP e estudar para formar-me profissionalmente em outra área: uma que me agrade e que me dê segurança financeira e, sobretudo, pessoal. Uma profissão onde eu possa contar apenas com a minha opinião. Escolhi (vai entender) medicina.
Resumindo a história. Minha vida está sendo virada de cabeça para baixo porque não consegui contatos profissionais como deveria. Não sou tarado o bastante. Não sou imoral o bastante. Não sou moderno o bastante.
Para você ter uma idéia de como a carruagem andava veja o canal do YouTube do meu supervisor no emprego antigo:
http://www.youtube.com/user/TheBrazillianAtheist
Apesar dos mil absurdos, tenho que reconhecer que é um cara bem intencionado. Ele faz essas coisas por ignorância.
Concluo com o Olavo. Não adianta argumentar com essa gente! Eles não se deixam vencer por argumentos! Se você não gostou de ver uma tamanha bobagem publicada da Folha, permita-me que eu seja um tremendo partu pooper: as redações TODAS estão emparelhadas por GRAMSCINIANOS! Sabe como eu sei? Minha aula de sociologia durante o curso de comunicação se resumia a ANTONIO GRAMSCI. Eu, Henrique Rossi, aprendi ao longo de seis meses como aparelhar discretamente o Estado e o porquê promover a revolução desta forma.
Rodrigo. Ninguém mais do que eu detesta concordar com o Olavo de Carvalho. Mas ele está certo. Somos, nesse instante, governados por uma ditadura de esquerda.
Note bem: eles já ganharam. O Brasil é diferente porque amplos setores da classe média e, principalmente, da classe média baixa, jamais aceitariam um governo da nova era, como o de Obama. Se o fizessem seria por ignorância, como no caso americano mesmo onde, creio eu, a população foi ativamente induzida a votar no sujeito. Os americanos, nós bem sabemos, não são como os europeus. São gente da melhor espécie.
Bem, esse foi meu desabafo! :)
Espero não tê-lo atormentado tanto! :)
Abraço
Olá, Rodrigo. Desejo agradecer o comentário no blog profgaspardesouza.blogspot.com. Excelente resposta ao artigo do Hélio. Muito obrigado.
"Você já parou para pensar que talvez os teólogos, os escolásticos, os filósofos e pensadores cristãos não tenham ficado dois mil anos sentados pensando se “a punição justa a quem zomba de carecas é a morte”? Que talvez esse pessoal todo se ocupou do aprofundamento das questões filosóficas levantadas por Sócrates, Platão e Aristóteles, deixadas de lado pelos obviamente esquecidos cínicos, céticos e estóicos (para nem citar epicuro), questões essas que deram origem às ciências modernas, cujo método é socrático/aristotélico?"
Mas e a sentença de morte para os carecas? Isso é lei de deus ou a descrição da vontade humana da época?
Isso precisa ficar muito claro.
Ro, o fato de Galileu e Copérnico terem pertencido a igreja, coisa muito comum à época, muda o fato de que a Igreja rejeitou o modelo heliocêntrico?
"Hélio, você já parou para pensar que quando você questiona a existência de Deus, você se coloca sob o aspecto científico em uma situação muito vergonhosa? Isso porque você (1) não pode dizer que a matéria passou a existir (Big Bang) do nada sem causa alguma, quando a física nos ensina que nada se cria, nada se destrói, tudo se transforma;"
Ro, se nada se cria tudo se transforma, como deus pode ter criado?
"Será que você já parou para pensar no motivo pelo qual você e tantos outros falam tanto da Inquisição, que em três séculos matou aproximadamente vinte mil pessoas (CARVALHO, Olavo de in O jardim das aflições, 2ª edição, São Paulo, Editora É Realizações, p. 35), e se esquecem dessa “pequena” cifra de mais de CEM MILHÕES de pessoas mortas pelos regimes ateus?"
Ro, pare de usar esse argumento, ele não ajuda em nada no argumento pró-igreja católica!!! Comunismo é uma teoria política e não teológica! São propostas diferentes. Os regimes fascistas eram ateus?
Qual era a punição imposta pela Inquisição?
"Você já parou para pensar que enquanto Richard Dawkins, Christopher Hitchens, Daniel Denett, David Comings e cia ltda., mas limitada mesmo, ficam vociferando contra a religião, é a Igreja que está financiando estudos, organizações, pesquisas, etc.?"
Ro, como a Igreja pode ser criacionista e ao mesmo tempo financiar pesquisas? Não seria o caso da Igreja se abster de ser criacionista ou evolucionista enquanto não existam respostas e evidencias mais precisas?
D, não há sentença de morte para os carecas na Bíblia! É um comentário de mau gosto (ou mera burrada) do tal “bacharel em filosofia” (o Hélio). É só ir lá nos versículos indicados por ele [2 Reis 2:23-24] para ver isso. Transcrevo-os agora:
“23. Dali subiu a Betel. Enquanto ia pelo caminho, saíram da cidade alguns rapazes, e puseram-se a zombar dele, dizendo: SOBE, CARECA; SOBRE, CARECA! 24. Eliseu, voltando-se para eles, olhou-os e amaldiçoou-os em nome do Senhor. Imediatamente saíram da floresta dois ursos e despedaçaram quarenta e dois daqueles rapazes.” (gn)(http://www.bibliacatolica.com.br/01/12/2.php)
A palavra careca usada nessa passagem é VOCATIVO. “Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, ADJETIVO (CARACTERÍSTICA) ou apelido.” (gn) (http://www.brasilescola.com/gramatica/aposto-vocativo.htm)
E quanto à questão que realmente importa, a violência associada ao “nome do Senhor”, transcrevo aqui alguns trechos interessantes da própria Bíblia que resolvem a dificuldade:
“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.” Mt 5, 43-44
“Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.” Mt 26,47
“Ro, o fato de Galileu e Copérnico terem pertencido a igreja, coisa muito comum à época, muda o fato de que a Igreja rejeitou o modelo heliocêntrico?”
Não era comum pertencer à Igreja da forma como eles pertenceram. D, Aristóteles defendia que a Terra estava no centro do Universo(geocentrismo) e Aristarco de Samos que era o sol (heliocentrismo). Isso prejudica todas as demais coisas que Aristóteles disse e fez?
D, o que a ciência aponta é que: (1) as coisas surgiram – elas não estiveram sempre aí – e (2) que nada surge do nada. Quando você pergunta “Ro, se nada se cria tudo se transforma, como deus pode ter criado?”, você busca transportar para Deus uma impossibilidade física quando Deus é justamente a única resposta que temos para ela hoje. Sendo Ele o Ato Primeiro que criou mas não foi criado, Ele não está obviamente sujeito a nenhuma lei. Aí você vai falar: “Ahammm, assim é fácil, você inventou esse argumento mágico muito conveniente para resolver o seu problema.”, ao que responderei: “Não criei esse argumento mágico. Ele é a única solução existente para não negarmos um dos dois apontamentos científicos citados acima.” Muito conveniente para os ateus dizer que religião e ciência não se misturam, mas jogar fora a ciência quando for para negar Deus (ao menos como única explicação plausível atualmente para esse problema.
“Ro, pare de usar esse argumento, ele não ajuda em nada no argumento pró-igreja católica!!!”
D, a Inquisição não é um argumento. É um infeliz fato histórico. Quando esse fato histórico vira fantasia, é necessário opor à fantasia a verdade. Podemos não ter acesso completo a ela, mas as partes disponíveis não podem ser negadas. De qualquer forma, o ponto aqui (o argumento) não é que a Inquisição foi menos malvada, mas que crimes infinitamente maiores e mais próximos de nossa época não são nem mencionados – como venho falando: temos que rebater esses argumentos que tentam manipular nossa visão desviando-a para algo distante e de menor relevância quando temos um problema e uma ameaça tão grandes na porta de casa.
“Ro, como a Igreja pode ser criacionista e ao mesmo tempo financiar pesquisas?” D, o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, na página 84 de sua edição pela Editora Vozes, Rio de Janeiro, 1993, diz: “283 A questão das origens do mundo e do homem é objeto de numerosas pesquisas científicas que enriqueceram magnificamente os nossos conhecimentos sobre A IDADE E AS DIMENSÕES DO COSMO, O DEVIR DAS FORMAS VIVAS, O APARECIMENTO DO HOMEM. Estas descobertas nos convidam a admirar tanto mais a grandeza do Criador, a render-lhe graças pro todas as suas obras e pela inteligência e a sabedoria que dá aos estudiosos e aos pesquisadores. (...) O grande interesse reservado a essas pesquisas é fortemente estimulado por uma questão de outra ordem, e que ultrapassa o âmbito próprio das ciências naturais. Não se trata somente de saber quando e como surgiu materialmente o cosmo, nem quando o homem apareceu, mas antes, de descobrir qual é o sentido de tal origem (...)?” (gn) (http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2c1_198-421_po.html)
“23. Dali subiu a Betel. Enquanto ia pelo caminho, saíram da cidade alguns rapazes, e puseram-se a zombar dele, dizendo: SOBE, CARECA; SOBRE, CARECA! 24. Eliseu, voltando-se para eles, olhou-os e amaldiçoou-os em nome do Senhor. Imediatamente saíram da floresta dois ursos e despedaçaram quarenta e dois daqueles rapazes.”
“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.” Mt 5, 43-44
Para que serve o velho testamento após a vinda de Jesus?
Não era comum pertencer à Igreja da forma como eles pertenceram. D, Aristóteles defendia que a Terra estava no centro do Universo(geocentrismo) e Aristarco de Samos que era o sol (heliocentrismo). Isso prejudica todas as demais coisas que Aristóteles disse e fez?
Depende do que são as tais “demais coisas que Aristóteles fez” :)
“D, o que a ciência aponta é que: (1) as coisas surgiram – elas não estiveram sempre aí – e (2) que nada surge do nada. Quando você pergunta “Ro, se nada se cria tudo se transforma, como deus pode ter criado?”, você busca transportar para Deus uma impossibilidade física quando Deus é justamente a única resposta que temos para ela hoje.”
Ro,a idéia do Big Bang comporta deus. Foi você que, ao dizer que nada surge do nada, propôs: “Isso porque você (1) não pode dizer que a matéria passou a existir (Big Bang) do nada sem causa alguma, quando a física nos ensina que nada se cria, nada se destrói, tudo se transforma;”
Ou seja, Lavoisier está sendo usado como argumento de uma forma equivocada, confira.
“Não se trata somente de saber quando e como surgiu materialmente o cosmo, nem quando o homem apareceu, mas antes, de descobrir qual é o sentido de tal origem (...)?” (gn)”
Ro, a ciência busca “o sentido” das coisas?
“Não era comum pertencer à Igreja da forma como eles pertenceram.” (!?!) Vá se informar:
“António José da Silva (Rio de Janeiro, 8 de Maio de 1705 — Lisboa, 18 de Outubro de 1739) foi um dramaturgo e escritor luso-brasileiro, de RELIGIÃO JUDAICA, que viveu numa época em que os judeus eram perseguidos em Portugal e nas suas colónias, TENDO POR ISSO QUE MENTIR E SE AFIRMAR CATÓLICO (os segregadores chamaram-lhes cristão-novos, marranos ou conversos).” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Jos%C3%A9_da_Silva)
Aparentemente, nem mentindo deu certo: “António José da Silva foi novamente torturado. Descobriram que era circuncisado. Uma escrava negra testemunhou que ele observava o Shabbat. O processo decorreu com notória má-fé por parte do tribunal e António José da Silva é condenado, apesar de a leitura da sentença deixar transparecer que ele não seria, de facto, judaizante. Como era regra com os prisioneiros que, condenados, afirmavam desejar morrer na fé católica, António José da Silva foi garrotado antes de ser queimado num Auto-de-Fé em Lisboa em Outubro de 1739. Sua mulher, que assistiu à sua morte, morreria pouco depois.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Jos%C3%A9_da_Silva)
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